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Equilíbrio e Integração

Atualizado: 19 de mai. de 2021

por Conrado Sotomaior Justus Machado

Para mim, equilíbrio e integração são duas palavras-chave quando se está passando pela experiência da iluminação incorporada, ou seja, quando se está escolhendo a iluminação e permanecer no corpo físico ao mesmo tempo. No dia a dia nos deparamos com diversas influências que tendem a nos empurrar para fora de nossos centros e a nos fazer esquecer por que estamos aqui.

A consciência de massa, formada pelos estados de consciência e energias da maior parte da população do planeta, permeia a Terra e principalmente as cidades mais movimentadas. É possível sentir com facilidade a diferença entre a atmosfera de agitação que envolve grandes centros e lugares cheios de pessoas e a atmosfera de lugares ermos, na natureza. Estar em uma metrópole transmite uma sensação de mais movimento mas também de muito mais caos e ansiedade, que vêm das energias das pessoas que a habitam.

Então, a cada passo do caminho estamos transitando ou em contato com a consciência de massa e as energias que fazem parte dela, as quais atualmente são, em sua maior parte, baseadas na mente e, como consequência, em dualidade, luta e esforço. Logo, como foram criadas para proporcionar ao Ser determinadas experiências, essas energias buscam se conectar com energias da mesma frequência em nossos campos de consciência/energia para poderem interagir e recriar mais experiências que as reforçam ou alimentam. É isso que estados de consciência e energias criados por seres humanos normalmente fazem.

Além disso, as próprias pessoas que ainda se encontram inconscientes e jogando os jogos da dualidade muitas vezes também nos proporcionam desafios. Tanto através de suas atitudes quanto com suas energias. O que elas conhecem é a luta e a oposição e é assim que elas vivem suas vidas: lutando, se esforçando e buscando soluções com a mente, que trabalha em cima das memórias do passado.

Portanto, quando interagimos com elas, é comum nos depararmos com atitudes baseadas na dualidade e no medo; e é nossa função estarmos conscientes e presentes o suficiente para não fornecermos uma resposta automática baseada no mesmo estado de consciência, caso estejamos buscando viver com amor, compaixão, facilidade, graça e mestria.

Assim, respirar lenta e profundamente diversas vezes por dia e tirar tempo para nós mesmos, longe de outras pessoas, é de grande valia e pode ser fundamental para podermos permanecer centrados, conscientes e não reativos enquanto estamos permitindo a nossa iluminação. Isto é, para que possamos efetivamente escolher como responder a uma situação, em vez de simplesmente reagir com base no instinto de sobrevivência (medo), que significa ataque e defesa.

Reagir com base no medo apenas reforça o medo que já existe dentro de nós, o alimenta, e, consequentemente, cria mais situações da mesma frequência, que por sua vez tendem a gerar ainda mais medo. É um ciclo vicioso e para sair dele é imprescindível estarmos presentes e conscientes. Mas o que significa isso?

Significa não nos identificarmos ou acreditarmos que somos nossos pensamentos e emoções, inclusive e especialmente o medo. Em essência nós somos a consciência no seu estado mais puro e a consciência cria energia e tudo o que deriva dela. Mas nós não somos essencialmente nossos pensamentos e emoções. Na verdade, os pensamentos e emoções são um subproduto da consciência e da energia, pois são gerados pela mente, que é uma ferramenta utilizada pela consciência para experienciar a realidade na Terra, mas se encontra em desequilíbrio há muito tempo.

O que houve foi que essa ferramenta acabou saindo do controle, por assim dizer, e se tornou um processo automático de reprodução de padrões baseados no medo e na dualidade. Isso se deu particularmente porque enquanto encarnados mergulhamos cada vez mais profundamente na matéria e esquecemos da nossa natureza eterna. Dessa forma, ao nos lembrarmos de que somos consciência e ao deixarmos de nos identificar com os pensamentos e emoções gerados automaticamente pela mente, nós voltamos a utilizar a mente como uma ferramenta e de forma consciente, sem nos deixarmos controlar por ela.

Com isso, começamos a viver de uma maneira mais equilibrada. Fazemos escolhas a respeito de que direção queremos tomar e onde realmente queremos chegar, como um ser consciente e holístico, não mais como um humano limitado/fragmentado e uma mente instintiva. Nossa natureza é a de um criador, não de um lutador. Nós somos eternos e não limitados. Portanto, caso queiramos realizar nossos maiores potenciais, é importante agirmos de acordo.

Respirar e reconhecer nossos padrões inconscientes é o primeiro passo em direção ao equilíbrio e ao bem-estar. A integração é o segundo, mas não menos importante. Ela acontece naturalmente como uma consequência do reconhecimento daqueles estados de consciência que já não nos servem mais e da liberação das energias que os acompanham.

Para abrir as portas da integração basta convidar tais padrões, também chamados de aspectos da consciência, a retornar aos seus estados naturais de unidade com a sua consciência no agora e dar permissão para que as energias que eles criaram ou polarizaram fluam e sejam transformadas em energia pura novamente, a fim de que seja possível usá-las para criar algo novo.

Com cada estado de consciência ou aspecto que é integrado, a consciência se torna mais presente, mais ancorada nesta realidade. Contudo, no início esse processo não é muito fácil, pois nós possuímos éons de acúmulo de estados de consciência e energias duais baseados no medo e na limitação, e normalmente a luz da nossa consciência se intensifica gradualmente.

Mas, com calma e paciência, o que aos poucos se torna confiança, os velhos padrões são dissolvidos e a consciência presente começa a brilhar cada vez mais. Até que ela se torna predominante. Então a jornada se torna cada vez mais suave e a diversão começa.

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