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Poesia: Oferenda aos Passos Sagrados


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Seus pés conhecem segredos que os deuses esqueceram,

e quando tocam o solo sagrado

nascem jardins dourados em mim.

Sinto lírios e orquídeas desabrochando,

como prenúncio de uma alegria vivaz.

Magia exala de suas silhuetas,

como o vento carregando perfumes florais.


Escutando os mantras das árvores,

me perco nas linhas que dançam entre teus calcanhares,

mapas de mundos onde outrora habitamos.

Quando te ajoelhas, o céu se curva contigo.

E eu —

eu apenas respiro,

e deixo meu coração ser tocado

por tua beleza que não pede permissão,

apenas reina.


E nessa realeza, algo desperta em mim —

como a filha do sol,

meu olhar segue a sua luz,

enquanto suas curvas deslizam

e se dissolvem nas margens do infinito. Conrado Justus

 
 
 

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