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A Luz e a Escuridão como Expressões da Dualidade



Ohamah canalizado por Conrado


Para quem não sabe, meu nome, Ohamah, é um pseudônimo. “Oh” simboliza a energia da escuridão e “ah” a energia da luz. Ohamah significa a fusão da luz e da escuridão. Isto porque a luz e a escuridão simplesmente são dois lados de uma mesma moeda. Em outras palavras, são duas polaridades da mesma energia.


Eu fui um guerreiro neste planeta há milhares de anos e também muito antes disso nos outros reinos. Me tornei muito bom em batalhar e, em minha última vida na Terra, era uma espécie de general bastante proeminente. Contudo, já estava repetindo o jogo da luta dos opostos há tempo o suficiente e algo em mim queria ir além. Foi assim que, durante uma batalha, fui ferido gravemente e fiquei incapacitado. Como alguém muito ativo, foi uma experiência terrível ficar dependente de outras pessoas para tudo, inclusive para se alimentar e se limpar.


Então, de forma semelhante à experiência de Tobias (do Círculo Carmesim), que foi preso em sua última vida na Terra antes da ascensão, eu passei pelos meus ciclos de raiva, frustração, arrependimento, culpa, vergonha e toda a sorte de emoções que as acompanham, até me render a mim mesmo e permitir a minha iluminação. Foi a maneira que eu encontrei de me obrigar a quebrar velhos hábitos e padrões de comportamento para seguir adiante, pois o jogo da dualidade estava profundamente arraigado em mim, como está na maioria de quem está lendo esta mensagem.


Contudo, eu usei o caminho do sofrimento, que é um caminho antigo e talvez mais apropriado quando as energias do planeta eram muito mais densas, o que demandava medidas extremas. Novamente, como no caso de Tobias, assim como no de Buda. No entanto, isso já não é mais necessário e eu estou aqui para lhe auxiliar a enxergar a oportunidade de integrar as suas experiências com os opostos e realizar a sua iluminação, com muito mais facilidade, se você desejar.


Na realidade, a luz e a escuridão são apenas duas formas de se jogar o jogo da dualidade ou dos opostos. A dualidade se manifesta de diferentes maneiras, como luz e escuridão, masculino e feminino, positivo e negativo, acima e abaixo, esquerda e direita, humano e divino e assim por diante. Mas basicamente a dualidade representa a energia do espelho. É um jeito de criar e descobrir as diferentes facetas de uma experiência por meio de um espelho que reflete para você o oposto daquilo que você está incorporando no momento.


Nesse sentido, quando você assume o papel da luz, como, por exemplo, do guerreiro justiceiro, você incorpora essa energia e passa a considerar que aqueles que estão no papel da escuridão e suas atitudes estão errados e assim passa a repudiá-los e a lutar com eles. Assim, eles fazem o mesmo com relação a você e o jogo se inicia. A seguir, os dois lados começam a se combater ferozmente até que um sucumbe temporariamente.


Eu digo temporariamente porque os Seres com alma, como já dissemos antes, são eternos e indestrutíveis. O máximo que se pode fazer é aniquilar o corpo ou criar a ilusão de que um determinado Ser foi sobrepujado temporariamente. Dessa forma, o Ser que foi derrotado logo retorna no mesmo lado ou do lado oposto para continuar o jogo. Isso acontece porque lutar com o lado oposto fortalece o jogo e a consciência de dualidade. Sempre que você exerce força a partir de uma determinada polaridade, você atrai e fortalece a polaridade oposta.


Claro que há a ilusão de que você derrotou o outro lado por um tempo. Mas o lado oposto sempre retorna porque, como já apontado, se trata da outra face da mesma energia. E nem o Ser com alma e nem a energia pode realmente ser destruído. Além disso, quando você assume um dos lados, necessariamente carrega em si a outra energia em potencial e atrai o oposto. Logo, o palco se encontra estabelecido para um jogo infindável de luta de opostos/dualidade, até que um dos jogadores se canse de jogar o jogo e decida que deseja uma nova experiência.


É nesse momento que o indivíduo começa a despertar e acordar da ilusão de que esta realidade é tudo o que existe, pois já não aguenta mais repetir experiências similares a partir da perspectiva da dualidade, seja de que tipo for. Consequentemente, surge um impulso para a integração de todas as experiências duais que o Ser já teve, o que leva a experiência para um nível totalmente diferente. É a transição da criação a partir da dualidade para a criação através da escolha e da soberania, sem necessidade de exercer força ou combater.


Na verdade, a experiência ou o jogo da dualidade é muito cansativo. A necessidade de lutar e exercer força para criar gera fricção e resistência na energia, o que não precisa existir e torna tudo mais lento e pesado. Claro que a dualidade serviu a um propósito e foi, possivelmente, a primeira maneira de se criar a realidade e brincar com a energia. Contudo, existe uma forma muito mais efetiva e satisfatória de se moldar a energia e criar experiências.


Essa forma está disponível para aqueles Seres que passaram pela experiência da dualidade na Terra e chegaram à conclusão de que é hora de se mover adiante. Então, o indivíduo sente o impulso do divino na direção da integração das experiências do passado e na absorção da sabedoria que todas essas experiências contêm.


Isso fornece o combustível necessário para o Ser se elevar para um novo nível de consciência e se lembrar de quem verdadeiramente é. Assim, com a integração das experiências da dualidade e da lembrança de seu Eu Divino, o humano passa a ser o ponto focal da transformação e da criação de nova energia. Uma energia que não é mais vibratória e oponente, mas sim expansiva.


Essa é a transformação da metáfora da iluminação referente à lagarta que entra no casulo para se tornar a borboleta. No casulo, o humano, agora a se fundir com seu divino, passa a integrar todas as suas partes, o que nós chamamos de aspectos, de volta na sua consciência Una. Com isso, ele traz o que é chamado de lar, que nada mais é do que sua própria unicidade e completude, para a sua experiência atual, uma respiração e um aspecto de cada vez, e se transforma na borboleta, que simboliza a liberdade e a beleza.


Muitas vezes essa jornada parece árdua, pois o humano tem uma perspectiva limitada e específica do tempo enquanto ele está integrando aspectos/experiências que foram criados antes da existência do tempo e também durante muitas vidas na Terra. Desse modo, o tempo que normalmente se leva para realizar esse processo não é realmente longo se levada em consideração a magnitude do que o humano integrador está fazendo.


Porém, da perspectiva do humano, são longos e árduos anos porque ele está frequentemente lidando com emoções e energias que estiveram estagnadas há muito, muito tempo e que agora se movem com certa lentidão e desconforto. De qualquer forma, é importante se ter consciência de que esse é o propósito de toda a jornada na Terra.


Ou seja, é exatamente isso que você, como um Ser humano-divino, veio fazer neste planeta. Experienciar a dualidade em suas diferentes formas em uma energia muito densa, com o acréscimo dos elementos do tempo e do espaço, para então absorver toda a sabedoria que ela pode proporcionar e se mover adiante para o próximo nível de experiência, que é a nova energia.


Repita-se que, para fazer essa transição, o que é necessário é a integração dos aspectos e das experiências já vividas pelo Ser. A integração começa com a simples abertura ou permissão para que os aspectos da dualidade comecem a se integrar. Mas ela pode ser acelerada ou intensificada através da respiração consciente e do convite para que os aspectos voltem para casa ou para a sua alma, no seu momento presente.

A consciência e o amor-próprio, bem como a energia da compaixão, são fundamentais para possibilitar um processo de integração mais suave, rápido e eficaz. Não há necessidade de lutar com seus aspectos ou de tentar forçar nada durante essa experiência. Na realidade, tentar forçar somente fortalece a consciência da dualidade e prolonga o jogo anteriormente mencionado.


Nesse sentido, também é importante saber que a escuridão não significa maldade. Significa simplesmente aquelas partes de você que foram objeto de julgamento de sua parte e para as quais você não quis mais olhar. Tobias transmitiu uma mensagem através de Geoffrey Hoppe (do Círculo Carmesim) que foi denominada de “A Escuridão é a sua Divindade” (ela pode ser acessada em http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/textos/TbNE12.htm). Na época, o nome e a mensagem pareceram assustadores para aqueles que não tinham um conhecimento mais profundo do assunto.


Entretanto, a mensagem não poderia ser mais acurada. Porque a sua divindade, na verdade, é a sua consciência unificada em suas totais capacidades e a sua escuridão são os fragmentos da sua consciência que se mantiveram fora da sua percepção porque foram julgados e estavam segurando energias de dor, trauma, raiva e tudo aquilo que você não gostou de experienciar e detestava sobre si mesmo. Consequentemente, apenas através da aceitação e da integração da sua escuridão é que você pode se tornar Um novamente e manifestar a sua divindade no seu momento presente.


Assim, a sua escuridão é a sua divindade. Não toda ela, mas é uma parte fundamental, sem a qual sua divindade não se manifesta no plano físico. Portanto, é preciso estar disposto a deixar de jogar o jogo da dualidade e de julgar e lutar com a escuridão, nos outros e em si, para transcender a dualidade e permitir a sua própria integração e iluminação.


Como magistralmente ensinado por Conrado na série “Integração e Compaixão” (que pode ser acessada em https://www.youtube.com/watch?v=P0-Ss5zoAGs&t=5s), a escuridão deriva da inconsciência. Os atos do Ser que causam sofrimento a si e aos outros são praticados a partir de um estado de consciência bastante limitado. Nenhum Ser é verdadeiramente mal, pelo contrário, todo Ser com alma é divino e tem em si o potencial do amor e da soberania. Dessa maneira, quando esse potencial é vislumbrado e tocado, nenhum Ser escolhe a dor e o sofrimento em seu lugar. Mas, antes disso, todos nós fazemos coisas que poderiam ser consideradas ruins, em um momento ou outro.


Por conseguinte, ao deixar de julgar a escuridão e compreender que se trata simplesmente de um ato de inconsciência, seja seu ou do próximo, as portas se abrem para que os aspectos voltem para casa e a dualidade se integre. Então, com a integração de uma “quantidade” suficiente de aspectos, o Ser passa a manifestar sua divindade no plano físico e não há volta. O fluxo da integração se torna mais natural e o medo começa a se dissipar, porque ele passa a viver com o conhecimento e o sentimento de que é eterno e indestrutível e que as experiências aqui na Terra são efêmeras.


Além disso, o Ser entende que está criando sua realidade a cada momento e que, por meio de escolhas conscientes e confiança, ele sempre estará seguro e proverá as suas próprias necessidades. A partir disso, a vida se torna mais leve e é possível começar a apreciar as coisas simples e os bons momentos com muito mais facilidade. O peso das emoções já não é o mesmo e a beleza começa a chamar mais a atenção do que o drama.


Nesta altura, o Ser também sabe que completou sua jornada na Terra. Se ele escolher, poderá partir a qualquer momento, pois o que resta dos aspectos será integrado no momento da transição. No entanto, ele também pode escolher ficar e permitir que os seus aspectos continuem se integrando em um ritmo que não vai sobrecarregar o sistema físico ou causar o seu colapso, o que o impulsionaria para fora do corpo, ou seja, para a morte.


Com efeito, o Ser que escolhe permanecer no planeta além deste ponto normalmente o faz porque tem uma paixão pela jornada humana, um carinho pela Terra e um desejo de apreciar a vida de uma nova maneira e funcionar como um farol para os seus companheiros humanos. Assim, o seu quoeficiente de luz, no sentido de consciência, começa a aumentar cada vez mais com a integração dos aspectos remanescentes e a sua presença auxilia a mover as energias da Terra e das pessoas que permitem, em praticamente qualquer lugar que ele vá.


De fato, a luz não pode existir sem a escuridão, mas elas não precisam mais se opor. Por conseguinte, a luz do Ser consciente e integrado é uma luz não dualística. Ela não exerce força contra a escuridão, simplesmente ilumina os potenciais e traz à consciência tudo aquilo que estava na escuridão - tanto no sentido de inconsciência quanto de desconhecido -, tudo aquilo que existe e tudo aquilo que pode existir.


Adamus (do Círculo Carmesim) encoraja tanto os Seres que chegam neste ponto a permanecer no planeta porque o impacto que eles causam para elevar o nível de consciência e iluminar potenciais, de forma subjacente, vai além do que qualquer trabalho de caridade realizado por um ser humano inconsciente pode ter. Já não é mais necessário levantar ou apontar qualquer dedo em direção à escuridão ou tomar lados. A simples presença do Mestre pode iluminar os cantos mais escuros dele mesmo e de tudo e todos que com quem ele entra em contato.


Agora o Mestre pode curtir a vida e saber que sua jornada está completa e que suas bençãos serão derramadas sobre todos aqueles que permitirem.


Namastê, do Deus em mim para o Deus em você.


Eu Sou Ohamah.

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